quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Ao amor antigo



O amor antigo vive de si mesmo, não de cultivo alheio ou de presença.
Nada exige nem pede. Nada espera,mas do destino vão nega a sentença.
O amor antigo tem raízes fundas,
feitas de sofrimento e de beleza.

Por aquelas mergulha no infinito,
e por estas suplanta a natureza.
Se em toda parte o tempo desmorona
aquilo que foi grande e deslumbrante,
a antigo amor, porém, nunca fenece 
e a cada dia surge mais amante.
Mais ardente, mas pobre de esperança.
Mais triste? Não. 
Ele venceu a dor,e resplandece no seu canto obscuro, tanto mais velho quanto mais amor.
 

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